BIANCONERO'09 - TRANSFERTA A AVEIRO

Éramos 9, os bravos que num espaço de 17 horas saíram de Portimão e a Portimão chegaram, numa distância percorrida de mais de 1200 kms, numa carrinha de 9 lugares. A saída deu-se às 11 da manhã, a chegada às 6 do dia seguinte.

Mas apesar de tão pequeno número (bastante razoável, dadas as circunstâncias: era uma 5.ª feira à noite), pareceu-nos que em termos de apoio deixámos o nosso Portimonense cheio de orgulho. Não falarei aqui do resultado nem da sua justiça: todos vimos o mesmo jogo, uns em Aveiro, outros pela televisão, e por isso todos partilhamos a mesma azia. Alguém que tenha visto o jogo pela TV que me diga se as nossas vozes se ouviram...

A triste realidade que constatámos no Estádio Municipal de Aveiro foi a seguinte: uma massa associativa não maior que a de Portimão, mas mais jovem, mais entusiástica e mais envolvida no clube da sua cidade. Cantavam amiúde com a claque da casa, os Ultras Auri-Negros, batiam palmas, etc. Admito também que a aprumada acústica daquele estádio moderno também tenha multiplicado os decibéis do ruído dos adeptos, mas a verdade não deixa de ser esta.

Quanto a apoio em termos de claques, quem entende do assunto terá visto que é completamente legítimo que reivindiquemos a superioridade neste jogo. A claque da casa só a espaços muito amplos se deixava ouvir, ao contrário de nós, que teremos cantado de forma efusiva durante cerca de 95% dos 90 minutos. Eram em maior número, eles, como é óbvio: do nosso topo não pareciam ser mais de 50 elementos. Mas ir ao estádio, ver o jogo de pé e cantar apenas quando o resultado parece dar um desfecho favorável à partida não me parece coisa de claque a sério. Os Ultras Auri-Negros pareceram-nos algo desgastados. Será provavelmente sinal da passagem dos anos, pois já são uma claque com algum historial no panorama ultra português.

Seja como for, o nosso apoio foi inegável neste jogo. Alguns dirão: para irem ver o Portimonense perder, mais valia não terem feito tamanha viagem. Pois eu digo: se já soubesse diante mão o resultado final da partida, teria feito hoje a mesmíssima coisa e dado o mesmíssimo apoio ao clube e à equipa. Eles não precisam que estejemos calados quando enfrentam a derrota e os momentos complicados, pelo contrário, apoiar nos momentos tenebrosos é que é coisa de adepto a sério.

E adepto a sério é um conceito que, nos dias de hoje, para muitos, é visto como uma autêntica maluquice. Saudavelmente malucos, somos os Bianconero'09.