FEIRENSE 2-1 PORTIMONENSE
Sem ter mais posse de bola, o Portimonense controlou a partida durante os primeiros 45 minutos e desperdiçou as melhores oportunidades chegando ao intervalo a vencer (apenas) pela margem mínima por culpa própria. Com Balú no meio campo (Rúben regressou ao eixo da defesa) e muito músculo na procura da bola, o Portimonense conseguiu tapar os caminhos para a sua baliza. Só em remates de longe e em lances de bola parada o Feirense se aproximou da área Portimonense onde uma defesa bem organizada chegou para as encomendas.
O Portimonense respondia em perigosas e rápida incursões perante uma defesa bem constituída fisicamente mais "dura de rins". Não admirou que Ivanildo por várias vezes tivesse desequilibrado e marcado inclusivamente o único golo dos primeiros 45 minutos após ganhar um lance em velocidade ao central Luciano que deixou o avançado alvi-negro apenas com Paulo Lopes pela frente, sem dificuldades para inaugurar o marcador. Pires, Vasco Matos e Balú tiveram nos pés oportunidades de ampliar a vantagem mas, numas vezes a falta de pontaria, noutras as intervenções de Paulo Lopes, mantiveram o Portimonense a vencer apenas pela margem mínima.
A derrota aniquilava todas as aspirações do Feirense esta temporada e no início do 2º tempo assistiu-se a uma reviravolta que deu frutos aos visitados. O Feirense entrou com tudo e conseguiu a igualdade aos 55 minutos num auto-golo de Pires que ao defender um canto, de forma infeliz, vê uma bola proveniente da barra embater no seu próprio corpo. O Portimonense estremeceu com o empate e viu Ivanildo saír minutos depois, por lesão. Perdia-se assim o elemento desequilibrador e o ataque quase desapareceu. Por cima, o Feirense não demorou a colocar-se na posição de vencedor num excelente remate de Helder Castro, de fora de área, superiormente colocado no ângulo superior direito da baliza de Pedro Silva que bem se esticou.
O Feirense pressionava e encontrava-se psicologicamente motivado. Mais rápido a trocar a bola, por várias vezes conseguiu boas situações de remate que empurravam o Portimonense para dentro do seu terço defensivo. As dificuldades para de lá saír eram depois evidentes.
Pires ainda desperdiçou uma excelente oportunidade na cara de Paulo Lopes mas o remate froxo saíu a centímetros do poste mais distante. Foi, de resto, uma das raras vezes em que o Portimonense conseguiu lances de perigo numa 2ª parte infeliz e, simultaneamente, desinspirada. Quem se lembra de todas as oportunidades que foram desperdiçadas no primeiro tempo?
Com esta derrota o Portimonense fica obrigado a vencer o Varzim na próxima jornada e, caso consiga ser bem sucedido, irá disputar a subida ao terreno da Oliveirense. Nada está perdido. Força, equipa!
Feirense: Paulo Lopes, Luciano, Hélder Castro, Pinheiro, Galhano, Adilson (Igor Souza, 14), Marco Cadete, Tales (Michael, 46), Roberto, Sylvain (Renato Queiroz, 65) e Maurício
Portimonense: Pedro Silva, Ricardo Pessoa, Pedro Moita, Diogo (Garavano, 75), Ivanildo (João Paulo, 56), Nilson, Pires, João Pedro, Vasco Matos (Wilson Eduardo, 68), Balu e Rúben Fernandes
Árbitro: Olegário Benquerença (Leiria)
Acção disciplinar: cartão amarelo para Pedro Moita (14), Maurício (16), Balu (82), Rúben Fernandes (89), Michael (90+3), Adriano (90+3) e João Pedro (90+5)
Assistência: cerca de 2 mil espectadores

3 comentários:
Ainda há esperança. O Santa Clara amanhã vai à Trofa e na próxima jornada ao campo do Gil Vicente, e para a semana há um Feirense-Oliveirense. Eu ainda acredito.
Foi pena o resultado, mas tenho orgulho na equipa!
Lutar até ao Fim!
Há inúmeras possibilidades e variantes de resultados que colocam o Portimonense na Liga Sagres.
Desde já torna-se necessário vencer o Varzim. Em relação à obrigação de ganhar, ou não, em Oliveira de Azeméis... teremos que esperar para ver como se saem os nossos adversários, que a partir de agora terão calendário tão complicado quanto o nosso (com excepção do Beira Mar que parece levar alguma vantagem).
Só lamento que a vencer nas Aves e em Santa Maria da Feira, em nenhum dos jogos conseguimos segurar a vitória.
Lutar até ao fim. Mas bem melhor assim que sofrer para não descer, como aconteceu sistematicamente nos últimos anos.
Força equipa!
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