Olá, rapaziada. Bem sei que já lá vai algum tempo desde a última vez em que postei aqui neste espaço. Não, não tenho andado alheio aos rumos do nosso Portimonense Sporting Clube, simplesmente a vida de um homem que se quer versátil tem destas coisas. Felizmente regresso sempre, e desta vez trago-vos um pouco mais do que palavras (assim espero).
Na edição de 18 de Março do jornal semanal 'Barlavento', já no final do mesmo, encontrei um artigo escrito por um dos 'nossos' vice-presidentes, o 'nosso' RP, Nuno Silva. Por crer tratar-se de um assunto pertinente a todos nós, portimonenses, aqui o deixo na sua versão original, digitalizada (cliquem na imagem para a ampliar):
Lido este texto, pouco mais me vem à cabeça a não ser a questão que coloco retoricamente: 'como podemos nós, portimonenses de alma e coração, discordar de tal artigo?' Não me agrada a realidade, mas escamoteá-la e/ou ignorá-la é que não é, decerto, a solução.
Portimão não é uma cidade desligada do futebol; é, porém, alheia ao seu clube, ao clube da sua terra, ao clube que a representa. Muitas outras cidades padecerão do mesmo mal por esse Portugal fora; e também eu sei que me repito em discursos destes, mas o que devemos nós fazer ao nos depararmos com tão acre realidade? Não sei deixar de me indignar perante isto, tampouco está na minha maneira de ser "ver um barco que se afunda e olhá-lo impotente enquanto toco lira".
A verdade é esta: na nossa cidade há quem poupe durante um ano inteiro para poder ir a Lisboa (ou ao Porto) assistir a uma partida de futebol protagonizada por um dos ditos 'grandes de Portugal', numa despesa que, entre transportes e bilhete, ronda os €150 por pessoa. As quotas anuais do Portimonense nem chegam aos €100 por ano, numa despesa que inclui um lugar cativo e, pelo menos, 13 jogos de uma liga profissional de futebol (entre outros benefícios de associado).
Os factos estão aqui, expostos. Está na altura de perguntarmos à cidade de Portimão se merece, deveras, ter um clube na primeira divisão; se as suas gentes são dignas de tal feito...
Na edição de 18 de Março do jornal semanal 'Barlavento', já no final do mesmo, encontrei um artigo escrito por um dos 'nossos' vice-presidentes, o 'nosso' RP, Nuno Silva. Por crer tratar-se de um assunto pertinente a todos nós, portimonenses, aqui o deixo na sua versão original, digitalizada (cliquem na imagem para a ampliar):
Lido este texto, pouco mais me vem à cabeça a não ser a questão que coloco retoricamente: 'como podemos nós, portimonenses de alma e coração, discordar de tal artigo?' Não me agrada a realidade, mas escamoteá-la e/ou ignorá-la é que não é, decerto, a solução.
Portimão não é uma cidade desligada do futebol; é, porém, alheia ao seu clube, ao clube da sua terra, ao clube que a representa. Muitas outras cidades padecerão do mesmo mal por esse Portugal fora; e também eu sei que me repito em discursos destes, mas o que devemos nós fazer ao nos depararmos com tão acre realidade? Não sei deixar de me indignar perante isto, tampouco está na minha maneira de ser "ver um barco que se afunda e olhá-lo impotente enquanto toco lira".
A verdade é esta: na nossa cidade há quem poupe durante um ano inteiro para poder ir a Lisboa (ou ao Porto) assistir a uma partida de futebol protagonizada por um dos ditos 'grandes de Portugal', numa despesa que, entre transportes e bilhete, ronda os €150 por pessoa. As quotas anuais do Portimonense nem chegam aos €100 por ano, numa despesa que inclui um lugar cativo e, pelo menos, 13 jogos de uma liga profissional de futebol (entre outros benefícios de associado).
Os factos estão aqui, expostos. Está na altura de perguntarmos à cidade de Portimão se merece, deveras, ter um clube na primeira divisão; se as suas gentes são dignas de tal feito...
4 comentários:
Garanto-vos que Oliveira de Azeméis é, infelizmente, tal como Portimão, uma dessas cidades...
Este artigo é mais um a alertar para a realidade Portimonense.Mas sinto que o problema não se resume só ao futebol. Tem a ver com a "funcionalidade" da cidade. Queixam-se muito quando não têm determinada coisa mas quando ela acontece o desinteresse é quase total. Não existe espirito de sacrifício. Acha-se que tudo tem de ser dado e acontece por acaso.
Portimão teve uma historia de estadios cheios. Mas, e com o desaparecer das gerações que o compunham, restam poucas dezenas (talvez os filhos e os netos).
Por outro lado, a inexistência de markting por parte do clube também leva a isso. A publicidade tem custos,é certo,mas tem retorno.E sinto que esse é o clik que falta. Mudar a imagem do clube,para que as pessoas se voltem a identificar com uma nova equipa e não a "velha equipa" que nada ganhava. É preciso criar o espirito de, vitoria do clube,vitória da cidade,vitória dos Portimonenses.
Abraço
V.E.
Estou de acordo com o ultimo comentário.
É óbvio que as gentes da cidade têm a sua responsabilidade, mas é preciso saber como alicia-las. E isso passa muito pela imagem que o clube tem perante elas, e cabe também a nós adeptos, sócios e simpatizantes, transmitir esta imagem positiva, e criar estas afinidades.
Não me parece que em 5 anos (desde os tempos do treinador Amilcar) termos perdido mais de 1000 sócios e termos baixado consideravelmente as assistências se deve pura e simplesmente a desinteresse, ou então esse desinteresse não veio por acaso.
Por falar em Amilcar, será que alguém me conseguirá explicar porque é que este nunca é hipotese quando é necessário achar um novo treinador?
Para mim, foi com ele que o PSC melhor jogou nos ultimos anos, por isso a minha estranheza, ainda por cima sendo ele um homem da casa e que gosta do PSC como poucos treinadores.
JC
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