domingo, agosto 22, 2010

LITOS OBRIGADO A INVENTAR UMA CASA NO DESERTO

Rezam as crónicas que ainda a festa da subida andava na rua, já os responsáveis do Portimonense discutiam com a autarquia a melhor solução para contornar o problema que a degradação fez do Estádio Municipal de Portimão. O recinto tem os dias contados, deverá ser demolido em 2012, quando já estiver erguido um complexo desportivo na cidade, mas a equipa de Litos antecipou-se a este projecto e voltou ao campeonato principal sem poder utilizar a verdadeira casa. Hoje, o Portimonense estreia-se na condição de visitado, mas recebe a Naval no Estádio Algarve, a cerca de 60 quilómetros do palco que sente como casa. A este último só poderá voltar em Novembro, segundo o presidente Fernando Rocha, que, em declarações ao sítio do Portimonense na internet, estima para a décima jornada, com a Académica, o fim das obras, um novo prazo forçado pelo aparecimento de problemas graves na bancada nascente.

Inicialmente, o recinto deveria receber apenas as melhorias indispensáveis mediante os parâmetros da Liga: redimensionamento do relvado, colocação de uma bancada amovível e de uma pala sobre a dos sócios - estruturas que seriam posteriormente aproveitadas para o Estádio da Restinga, em Alvor, que adoptará a equipa até à construção do complexo municipal, que prevê piscinas e um pavilhão. Entre as exigências da Liga contavam-se ainda intervenções nos balneários e departamento médico, além da construção de novas zonas de trabalho para os jornalistas. Tudo isto custaria, à autarquia, pouco mais de um milhão de euros, orçamento que quase duplicou recentemente, quando foram descobertas fissuras na bancada nascente que colocam em risco a segurança dos espectadores. A demolição foi a solução encontrada e, com isso, adiou-se o regresso a casa da equipa de Litos, que depois da derrota com o Braga, no AXA, ficou a saber que cumprirá um terço do campeonato no Estádio Algarve.

Para minorar o transtorno dos adeptos, a autarquia de Portimão disponibiliza autocarros, mas anular a distância não chega para devolver o ambiente caseiro aos jogos da equipa, assim transferida para um palco enorme, de 30 mil lugares, aposta dos municípios de Faro e de Loulé para o Euro'2004, que Portimonense e Naval não têm como encher: os visitantes, afinal, são recordistas das fracas receitas de bilheteira.

Fonte: O Jogo Online

2 comentários:

Anónimo disse...

contra todas as expectativas podemos dizer que tivémos a casa cheia. Um abraço Portimonense

Anónimo disse...

Não esperava tanta gente apoiando o mosso club mas infelizmente não tivemos a sorte do nosso lado vamos ter esperansa que é a ultima a morrer força humildade e determinação vamos lá mas não com arbitaguens daquelas mas infelizmente temos que contar com tudo