O Barlavento Online falou com o sócio 120 do Portimonense, o Sr. José da Cruz, também funcionário do clube. Conheça algumas das memórias do entrevistado que já acompanha o Portimonense há cerca de 36 anos! O artigo inclui uma galeria de imagens.
É o sócio número 120 do Portimonense e um dos funcionários mais antigos do clube. Acompanha o quotidiano da equipa desde 1975, fazendo, desde então, parte desta família. «Tenho acompanhado sempre o clube», faz questão de sublinhar José da Cruz.
Assistindo de perto aos últimos retoques da reconstrução do Estádio Municipal de Portimão, José da Cruz relembra, em entrevista ao «barlavento», como nasceu este recinto, dedicado ao desporto rei: «começámos a construir no tempo do presidente Manuel João, quando subimos à Primeira Divisão, em 1976».
O estádio, recorda, cresceu com a construção de «uma bancada, conhecida como bancada azul». Essa primeira bancada não foi suficiente para suportar o número crescente de sócios.
É que «já era muito público, o estádio enchia sempre» e por isso foi preciso «aumentar as bancadas todas, construindo as restantes em ponta redonda», adianta.
Mas a obra inicial não se ficou por aí. Depois disso, o plano era criar um relvado, o que foi conseguido, dois anos depois da «bancada azul». «O treinador nessa altura era o Mário Lino», acrescenta José.
Das imensas histórias que guarda na memória de todos os anos ao serviço do clube, José da Cruz conta algumas que o marcaram. Uma delas aconteceu depois de um jogo com o FC Porto, «já o Pinto da Costa era presidente». «Houve zaragata (mas fora do campo) e o Portimonense foi castigado».
A jornada seguinte era com o Benfica e «o jogo era em casa, mas o castigo obrigou o clube a jogar em Setúbal». «Quanto a mim, foi aí que descemos de divisão, nessa época. Não me lembro agora em que ano isso aconteceu», explica o funcionário.
O sócio número 120 sublinha que, naquele estádio, atuaram «grandes jogadores e grandes equipas, mas quem mais marcou a sua passagem foi o Guetov e o Cadorin».
Em relação à equipa de agora, adianta que ainda só viu «dois jogos no Estádio Algarve».
Mas nem só de futebol vivem as histórias que este funcionário tem para contar. Quando veio para o Portimonense, o objetivo era construir «umas casas de banho e organizámos uma comissão que fez uns “bailaricos” e ganhou bastante dinheiro para o clube».
Fez também parte «de uma comissão de quinze sócios, durante nove anos, para comprar um autocarro, necessário na altura».
No ano em que iam comprar o autocarro, «foi quando a equipa subiu de divisão, e, como o presidente tinha contratado uns jogadores brasileiros, o dinheiro foi utilizado para lhes pagar o ordenado. Lá se foi o autocarro…», brinca o funcionário, lembrando que as coisas agora são diferentes.
Quanto ao presente, José da Cruz diz que foi «ficando por aqui, fazendo um pouco de tudo», pois conhece os cantos à casa como ninguém. «Fizemos o antigo estádio do nada e com muito esforço», sublinha.
Em relação à nova casa da equipa do Portimonense, José diz que «está boa, está bonita, está magnífica».
Este artigo publicado no Barlavento Online inclui uma galeria de imagens - clicar aqui para ver.
Ao texto acrescentaríamos apenas que o actual Estádio Municipal de Portimão denominava-se "Estádio do Portimonense". A alteração deu-se há poucos anos, quando o espaço foi adquirido pela Câmara Municipal.
Assistindo de perto aos últimos retoques da reconstrução do Estádio Municipal de Portimão, José da Cruz relembra, em entrevista ao «barlavento», como nasceu este recinto, dedicado ao desporto rei: «começámos a construir no tempo do presidente Manuel João, quando subimos à Primeira Divisão, em 1976».
O estádio, recorda, cresceu com a construção de «uma bancada, conhecida como bancada azul». Essa primeira bancada não foi suficiente para suportar o número crescente de sócios.
É que «já era muito público, o estádio enchia sempre» e por isso foi preciso «aumentar as bancadas todas, construindo as restantes em ponta redonda», adianta.
Mas a obra inicial não se ficou por aí. Depois disso, o plano era criar um relvado, o que foi conseguido, dois anos depois da «bancada azul». «O treinador nessa altura era o Mário Lino», acrescenta José.
Das imensas histórias que guarda na memória de todos os anos ao serviço do clube, José da Cruz conta algumas que o marcaram. Uma delas aconteceu depois de um jogo com o FC Porto, «já o Pinto da Costa era presidente». «Houve zaragata (mas fora do campo) e o Portimonense foi castigado».
A jornada seguinte era com o Benfica e «o jogo era em casa, mas o castigo obrigou o clube a jogar em Setúbal». «Quanto a mim, foi aí que descemos de divisão, nessa época. Não me lembro agora em que ano isso aconteceu», explica o funcionário.
O sócio número 120 sublinha que, naquele estádio, atuaram «grandes jogadores e grandes equipas, mas quem mais marcou a sua passagem foi o Guetov e o Cadorin».
Em relação à equipa de agora, adianta que ainda só viu «dois jogos no Estádio Algarve».
Mas nem só de futebol vivem as histórias que este funcionário tem para contar. Quando veio para o Portimonense, o objetivo era construir «umas casas de banho e organizámos uma comissão que fez uns “bailaricos” e ganhou bastante dinheiro para o clube».
Fez também parte «de uma comissão de quinze sócios, durante nove anos, para comprar um autocarro, necessário na altura».
No ano em que iam comprar o autocarro, «foi quando a equipa subiu de divisão, e, como o presidente tinha contratado uns jogadores brasileiros, o dinheiro foi utilizado para lhes pagar o ordenado. Lá se foi o autocarro…», brinca o funcionário, lembrando que as coisas agora são diferentes.
Quanto ao presente, José da Cruz diz que foi «ficando por aqui, fazendo um pouco de tudo», pois conhece os cantos à casa como ninguém. «Fizemos o antigo estádio do nada e com muito esforço», sublinha.
Em relação à nova casa da equipa do Portimonense, José diz que «está boa, está bonita, está magnífica».
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Ao texto acrescentaríamos apenas que o actual Estádio Municipal de Portimão denominava-se "Estádio do Portimonense". A alteração deu-se há poucos anos, quando o espaço foi adquirido pela Câmara Municipal.
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