PORTIMONENSE 1 - 1 OLHANENSE

Os jogadores do Portimonense responderam ao apelo dos adeptos ("Regressámos a casa, acabaram-se as desculpas", lia-se numa faixa) e rubricaram a melhor actuação na era Azenha, mas a vitória, que mereciam e justificaram, esfumou-se nos derradeiros minutos, quando o árbitro assinalou um penálti duvidoso e o Olhanense empatou. Já muito antes, logo a seguir ao 1-0, os homens da casa tinham ficado com razão de queixa da arbitragem, em virtude de um golo mal anulado.

O almejado regresso ao Municipal esteve quase a ser festejado também depois do apito final, mas em vez da comemoração houve lugar a uma monumental assobiadela dirigida ao trio de juízes. O triunfo teria um duplo sabor, já que permitiria novo fôlego para fugir dos últimos lugares e mostraria que é melhor jogar em casa que no Estádio Algarve.

Com Kadi a ter uma oportunidade no eixo do ataque e Soares ao lado de Elias, formando o duplo pivô defensivo, o Portimonense entrou bem no jogo e tanto Candeias como Lito começaram a criar problemas aos laterais de Olhão. Não tardou que Ricardo Batista se evidenciasse, com um punhado de boas defesas, face ao tal fluxo de jogo de ataque dos locais.

O Olhanense estreou André Micael a titular, desviando Mexer para o posto do castigado João Gonçalves. O flanco direito esteve sempre demasiado coxo, já que o outro Gonçalves, lesionado, também foi baixa notada. Para lá disso, a equipa revelou pouca agressividade e deixou correr o marfim durante muito tempo, não esperando, eventualmente, um adversário tão compenetrado.

As trocas de Daúto deram mais saúde à equipa, em especial Lulinha e Yontcha, mas os lances de maior perigo, curiosamente, verificavam-se na baliza oposta, onde Candeias teimava em manter o renhido duelo com Ricardo Batista. Para os forasteiros, a grande penalidade quase caiu do céu, desesperando os portimonenses, então sem tempo suficiente para voltar à mó de cima. Acresce que Pedro Silva, o grande mentor das transições, saíra aos 71', visivelmente esgotado.

Fonte: O Jogo Online

Declarações:

O treinador do Portimonense, Carlos Azenha, era no final do encontro com o Olhanense, que ditou um empate final, o espelho do descontentamento, quer no que respeita à prestação da sua equipa, que até esteve grande parte do jogo a vencer, como pela exibição do árbitro da partida.

«Eu não consegui vencer, é um facto, mas marcamos golos que foram anulados, grandes penalidades, contra nós, que não existiram. Mas vamos levantar a cabeça e olhar para a frente», disse Carlos Azenha.

Em relação à posição ocupada pela sua equipa na Liga, o treinador do conjunto de Portimão demonstrou confiança futuro, prometendo lutar até que matematicamente seja possível.

«Enquanto for matematicamente possível, vamos acreditar. Hoje não estava à espera de perder pontos, mas volto a frisar que se torna difícil, já não bastando termos problemas internos no seio do clube, quanto mais com problemas externos que nos transcendem e que nos têm prejudicado bastante», rematou.

Fonte: A Bola Online