FUTURO EM RISCO

O Portimonense desceu novamente ao escalão secundário, confirmando parte dos prognósticos do início de época que, baseados em estatísticas, punham os algarvios como condenados à partida. Concluída que está a batalha desportiva, segue-se o problema directivo. Dia 19, pela quarta vez desde que Fernando Rocha terminou o mandato, em Outubro, há eleições. Mas agora o cenário é ainda mais negro, pois a Comissão Administrativa liderada por Luís Batalau já assumiu que irá cessar funções caso não haja listas. "As forças da cidade têm que ver o que querem: se querem um Portimonense na II Liga, na II Divisão B, com futebol de formação ou não. É muito simples", disse pragmaticamente Batalau. O JOGO sabe que muito dificilmente alguém da cidade avançará para a presidência do clube, e já se clama pelo regresso de Fernando Rocha, que está intransigente na sua decisão.

Quanto à queda na II Liga, esta deveu-se à falta de maturidade que minou uma equipa que até chegou a andar nas bocas dos críticos pelo seu ataque de qualidade, onde renasceu Ivanildo e explodiu Candeias. No plano dos treinadores, Litos perdeu a guerra no balneário e seguiu o seu caminho. Já Carlos Azenha ganhou-a, fazendo vir ao de cima, ainda que por breves momentos, o melhor futebol que o Portimonense tinha para oferecer. Mas foi tarde. Quanto ao presidente Fernando Rocha, disse adeus a um projecto de quatro anos que ajudou a devolver o clube ao escalão máximo do futebol de uma forma, ainda que com muito esforço, minimamente sustentada, orgulhando-se de nunca ter falhado um pagamento aos atletas e com um orçamento de apenas dois milhões de euros.

Fonte: Ojogo Online