O salário de um jogador do Sunderland cobre por inteiro o orçamento mensal do plantel do Portimonense. Viu-se esta diferença no relvado? Não.
Na apresentação do Portimonense aos seus associados, cerca de 1500 espectadores estiveram presentes. Quase metade ocupou a bancada dos adversários, em muito bom número. A noite de Verão estava convidativa.
O Sunderland entrou melhor no jogo dominando os primeiros 15 minutos mas sem causar calafrios à defesa da casa. Chegado o equilíbrio, o Portimonense ensaiou os primeiros lances de ataque, quase sempre pela direita no "novo" 4-4-2 de Lito Vidigal. Vasco Matos chegou a incomodar o guarda redes do Sunderland num cruzamento-remate que por pouco não deu golo. Foi Bruninho que dispôs da melhor oportunidade quando isolado, em velocidade, rematou forte mas ao lado. Nenhuma equipa dominava. O jogo repartiu-se bastante, quase sempre disputado a meio campo. Assim chegou o intervalo.
No início da 2ª parte o Sunderland voltou a entrar melhor. Ameaçou marcar à passagem dos 50 minutos mas o lance dentro da área foi invalidado por fora-de-jogo. O ascendente britânico deu resultados minutos mais tarde quando Alê, muito desapoiado, foi batido dentro da área num remate sem hipóteses, em lance algo confuso. Talvez tenha sido a única falha da defesa da casa. Ficou-nos a sensação de ter faltado um jogador.
Chegada a fase das substituições, o jogo perdeu algum ritmo e desenrolou-se aos "repelões". Portimonense e Sunderland lutavam bastante a meio campo, impedindo que a bola estivesse presente junto das balizas. Uma das raras excepção foi um remate de Diogo à barra, com estrondo, após assistência do novo refoço: Traoré (assinou por 3 anos) mostrou força, mobilidade e capacidade de remate. Anderson entrou bem e teve a sua oportunidade quando, à entrada da área rematou de forma inconsequente por ter "pegado" mal na bola. O ex-júnior teve bons pormenores. Na defensiva Portimonense, Rúben esteve imponente e Maílson deu nas vistas pela extraordinária capacidade de luta e poder de antecipação. Pessoa já tem capacidade física para fazer todo o flanco. Balú, o médio mais defensivo no 4-4-2, quis ser o "dono da bola" e parece com capacidade de assumir o jogo. Possui força para destruír e técnica para construír. Wigor, durante o tempo que esteve em campo, talvez tenha sido o mais irregular. Certamente que no futuro nos mostrará qualidades.
Bom teste para o Portimonense que, perante uma equipa oriunda do campeonato mais competitivo do mundo, esteve sempre à altura dos acontecimentos e não mereceu saír derrotado.
O jogo esteve longe de ser espectacular mas foi entretido. As saudades do futebol e de reencontrar a família Portimonense nas bancadas justificaram, só por si, o regresso ao Estádio Municipal.
Lito Vidigal tem uma boa base de trabalho. Jogadores que parecem querer lutar por se afirmarem na Liga Vitalis, o que favorece a competitividade.
Desejamos uma boa época a todo o staff do Portimonense, prometendo acompanhá-los nas vitórias e nas derrotas.
A "equipa titular" do Portimonense foi a seguinte: Alê; Pessoa, Calado, Ruben, Nilson; Adriano; Vasco Matos, Aragoney, Moita; Bruninho, Pires.
Todos os restantes jogadores foram utilizados, com destaque para a saída de Calado ainda a meio da 1ª parte, naquela que terá sido a primeira lesão de temporada. Para o seu lugar entrou Maílson.
1 comentário:
De facto mesmo perante a vitória do adversário, pela primeira vez e em muitos meses vi e ouvi os adeptos portimonenses rasgarem elogios á nossa equipa pela sua luta em campo, dedicação e vontade de brilhar.
Deixo aqui os meus mais sinceros desejos de que tudo corra bem na época que se aproxima.
Força Portimonense.....
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