domingo, abril 11, 2010

PORTIMONENSE 2 - 0 SP. COVILHÃ

SEGUNDA PARTE DE BOM NÍVEL APROXIMOU PORTIMONENSE DO SONHO

O Portimonense colou-se ao Beira Mar na liderança da Liga Vitalis com vantagem para os aveirenses no confronto directo. Duas partes completamente distintas mostraram duas faces do Portimonense: enfadonho e pouco criativo no primeiro tempo. Alegre, solto e desinibido na etapa complementar.

Bem espremidos os primeiros 45 minutos, encontramos uma única oportunidade digna de registo aos 27 minutos com potente remate à barra de Garavano numa incursão da meia direita para terrenos centrais. De resto, foi o Covilhã que entrou melhor no jogo, criando alguns calafrios na defesa Portimonense através de cruzamentos e no aproveitamento de lances de bola parada que a defensiva da casa foi resolvendo, falhando depois na construção de jogo com passes errados em catadupa. O Portimonense nunca conseguiu espaços para manobrar o jogo e encostar o Covilhã no seu meio campo, como se impunha num jogo em que só a vitória interessava.

Litos leu bem o jogo e conseguiu montar uma equipa mais rápida e criativa para os segundos 45 minutos. Diogo recuou para médio defensivo e o Portimonense ganhou criatividade logo à saída do meio campo. Ao mesmo tempo a inclusão de Ivanildo acrescentou rapidez e imprevisibilidade nas rápidas desmarcações tornando-se decisiva nos desequilíbrios. Percebia-se que o Portimonense estava diferente e o golo não tardou. O seu autor foi Pedro Moita aos 55 minutos num remate do meio da rua que deixou Igor colado ao relvado. Sempre por cima, o Portimonense continuou à procura da tranquilidade e obteve-se por João Pedro aos 75 minutos num lance de insistência após marcação de um canto. Ao segundo poste, o central do Portimonense encostou o pé e fez os adeptos da casa saltarem das bancadas que sentiram a Liga Sagres mais real do que nunca.

Até o final do jogo o Portimonense geriu o resultado e ouviram-se alguns "olés" das bancadas da massa associativa, agradada com a exibição da segunda parte. A vitória do Portimonense foi justa (Pedro Silva praticamente não fez uma defesa) e a arbitragem de Paulo Costa, com erros menores, não teve qualquer influência no resultado de um jogo que não teve casos.

Portimonense:
Pedro Silva; Pessoa, Balú, João Pedro, Nilson; Adriano, Vasco Matos, Diogo, Moita; Pires e Garavano.
Treinador: Litos


CRÓNICA DE "O JOGO"

O Portimonense colou-se ontem ao Beira-Mar na liderança da Liga Vitalis ao vencer, em casa, o Covilhã por 2-0. O equilíbrio foi predominante nos primeiros minutos do encontro. Foi preciso chegar ao minuto 13 para ver alguma acção, com um remate cruzado de Diogo a fazer virar algumas cabeças do público. Mas para levantá-lo das cadeiras pela primeira vez foi preciso esperar até perto dos 30', com Garavano a rematar forte, já dentro da área, apenas para ver a barra da baliza de Igor negar-lhe o golo. Do lado contrário, pouco se via do ataque, mas o Covilhã pode orgulhar-se de uns primeiros 45 minutos com uma defesa sólida. Ao intervalo, Litos decide tirar o trinco Adriano e fazer entrar Ivanildo. Foi a chave: o avançado dinamizou o jogo ofensivo dos algarvios, e não foi preciso esperar muito pelo resultado, com Pedro Moita a fazer o 1-0 num grande remate de fora da área. O Covilhã tentou reagir, mas o anfitrião conseguia gerir as ofensivas esporádicas e ainda dilatou a vantagem pelo defesa João Pedro, numa boa jogada colectiva do Portimonense, que foi sempre superior.

DECLARAÇÕES
Litos, treinador do Portimonense:
"A guerra continua"
As primeira palavras de Litos foram para o seu guarda-redes, Alê. "Quero dedicar a vitória ao Alê, que teve alguns problemas com a filha. Quanto ao jogo, defrontámos uma equipa que tem demonstrado não merecer estar onde está. Fizemos uma boa segunda partem e os dois golos podem comprová-lo. A nossa guerra continua e gostaríamos de no final ser felizes", disse.

Nicolau Vaqueiro, Treinador do Covilhã:
"Desatenções pagam-se caro"
"Na primeira parte criámos algumas dificuldades, com situações em que poderíamos ter marcado, especialmente nas bolas paradas", comentou Nicolau Vaqueiro. "O primeiro golo do Portimonense, algo fortuito, abalou a nossa estratégia e, animicamente, a minha equipa ressentiu-se. Houve algumas desatenções, e nós pagámos caro. O Portimonense fez jus à vitória", admitiu.

Fonte: O Jogo Online

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