domingo, março 13, 2011

BENFICA 1 - 1 PORTIMONENSE

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EMPATE COM SABOR A BRINDE

Se havia dúvidas quanto à luta pelo título, o onze que Jorge Jesus apresentou esta noite disse quase tudo e o empate diante do último classificado acabou definitivamente com as aspirações dos mais optimistas. O Benfica, com um onze de recurso, ofereceu um brinde ao Portimonense que, depois de quatro rondas a pontuar, alcançou a Naval no fundo da classificação. Depois quatro jogos a oferecer um golo de avanço e a virar o jogo na Luz, os encarnados encravaram e consentiram o primeiro empate em mais de um ano.

O Benfica entrou em campo praticamente todas as segundas opções, apresentando inclusive três estreias na presente edição da Liga - Moreira, Carole e Luís Filipe - deixando apenas Pablo Aimar como representante da equipa principal. Já se sabia que Jesus estava obrigado a mexer na estrutura principal, não só pelos castigos de Maxi Pereira, Luísão e Javi Garcia, mas também pela anunciada intenção do treinador de poupar jogadores para o segundo jogo com o PSG. Mas ninguém esperava que Jesus fosse tão longe, nem o Portimonense, que começou o jogo retraído, com duas linhas muito próximas junto à área de Ventura.

Este novo Benfica até teve muito espaço para ensaiar os primeiros lances, com meio-campo cedido pelos algarvios. Carole foi o primeiro a mostrar-se, abrindo caminhos com rápidas combinações com César Peixoto, mas rapidamente se percebeu que este Benfica estava a anos-luz da equipa principal. Não só em termos de entrosamento, mas sobretudo em velocidade e na pressão sobre o adversário. O Portimonense, desconfiado, deixou-se ficar no seu meio-campo e raramente arriscava passar para o lado contrário.

O Benfica, sem conseguir profundidade, estava longe de estar a jogar bem, mas pior estava o Portimonense que não conseguia construir um lance que pusesse em causa o novo quarteto defensivo da Luz. Num minuto tudo mudou. Primeiro Lito fez a trave de Moreira abanar com um pontapé do meio da rua. No lance seguinte aconteceu o impensável. Cruzamento de Candeias e Roderick corta a bola com a mão, no limite, mas dentro da área. Grande penalidade que Ricardo Pessoa transformou em golo. Uma vantagem caída do céu que este Benfica não conseguiu desmontar até ao intervalo, apesar de todas as fragilidades que os algarvios derramavam em campo.

A voar para o empate

Ficava a sensação que com um pouco mais de velocidade, o Portimonense caía com estrondo. E foi isso que Jesus também sentiu, fazendo de entrar, numa assentada, Salvio e Gaitán. Uma arrancada de Salvio, no primeiro lance da segunda parte, confirmou as suspeitas. O Benfica ganhava asas com os argentinos e conquistava metros no terreno, levando o jogo até á linha de fundo e multiplicando as oportunidades de golo, diante de um Portimonense encolhido que só conseguia aliviar o colete de forças com as escapadelas do desamparado Candeias.

Jesus procurou dar mais alento à equipa, trocando Aimar por Nuno Gomes, para delírio da Luz, mas Carlos Azenha também foi preparando a equipa para resistir. Os minutos passavam céleres, o Benfica carregava e arriscava tudo. Ao ponto de deixar Hélder Castro escapar para, com um chapéu, bater Moreira, mas por capricho, o poste deixou o Benfica em jogo. Logo a seguir, numa jogada de insistência, Nuno Gomes (quem mais?) conseguiu, finalmente, colocar a bola na baliza e evitar o prejuízo maior.

Ainda faltavam mais de dez minutos, o jogo estava aberto e emotivo. O Benfica acreditava, até porque nos últimos quatro jogos na Luz tinha começado a perder e tinha conseguido dar a volta. Desta vez não conseguiu e, ao fim de mais de um ano, consentiu o primeiro empate.

Imagem e Texto: Maisfutebol

Ficha de Jogo:

Estádio: da Luz.
Assistência: 29.771 espectadores (46%).
Árbitro: Paulo Baptista.
Árbitros Assistentes: José Braga e Luís Tavares.
4º Árbitro: André Gralha.
Observador: Júlio Loureiro.
Delegados: Pedro Nery e Victor Rosa.

Benfica:
Moreira; Luís Filipe, Roderick, Jardel, Carole (45`Gaitán); Aírton, Felipe Menezes (45`Salvio), Aimar "capitão" (69`Nuno Gomes), César Peixoto; Jara e Kardec.
Suplentes não utilizados: Júlio César; Sidnei; Fernandez e Weldon.
Treinador: Jorge Jesus.

Portimonense:
Ventura; Ricardo Pessoa "capitão", André Pinto, Rúben Fernandes, Ricardo Nascimento; Soares, Elias, Pedro Moreira (84`André Vilas Boas); Lito (73`Di Fábio), Candeias e Calvin Kadi (61`Hélder Castro).
Suplentes não utilizados: Pedro Silva I; Nilson; Pires e Patrick.
Treinador: Carlos Azenha.

Acção Disciplinar: Cartões Amarelos para Roderick (27`), César Peixoto (32`), André Pinto (38`), Soares (83`) e Ricardo Nascimento (88`).
Marcadores: 0 - 1, Ricardo Pessoa (28`, g. penalidade); 1 - 1, Nuno Gomes (77`).
Resultado Final: 1 - 1.

6 comentários:

Anónimo disse...

Falam da estratégia do Portimonense como se a estratégia escolhida se devesse a medo. Na minha opinião foi o que tinha que ser. Linhas recuadas, reduzindo o espaço aos jogadores do Benfica, que mesmo sendo segundas escolhas tem grande qualidade. Depois procurar criar desequilíbrios numa defensiva composta por centrais altos mas lentos e laterais que nem altos nem rápidos.

A estratégia funcionou bem. Não fosse os nossos azares do costume e podíamos ter saído com um resultado fantástico (até 4 golos).

Por ultimo referência à arbitragem: o penalty parece ser mesmo em cima da linha (estou farto de ver as repetições e mesmo parando as imagens fico com poucas duvidas) não sei do que é que os choranmingas se queixam. Em relação ao golo do Benfica posso dizer que o Nuno Gomes mete a mao nas costas ao Soares que esta em salto. Bem sei que nenhum arbitro num mundo ia anular aquele golo ao Benfica, mas que aquele toque pode ter levado a que o Soares falha-se a bola, lá isso pode.

FOMOS GRANDES! Adeptos, jogadores e treinadores, estamos todos de parabéns.

CADA VEZ ACREDITO MAIS!
Vamos lutar até ao fim

Anónimo disse...

Analisando creio que o Benfica não alcançou os resultados desejados com o Portimonense tanto no estádio do Algarve como no estádio da Luz.
Digamos que foi uma luta desigual em que o pequeno Portimonense mostrou conseguir travar uma máquina bem montada e demolidora.
No estádio do Algarve aquele golo de gola parada em que o Benfica mostra ser um expert fez a diferença mas mesmo assim não conseguiram a goleada para que todos vinham preparados para assistir...
Hoje provou-se que perante a pequenez e a fragilidade dum Portimonense cabisbaixo, este teve força para um GOLIAS travando-o com a enorme dificuldade a que todos assistimos.
O penalty teve a mesma eficácia que a fisga e a pedra mesmo no centro da testa de GOLIAS.
A verdade é que foi atingido aquele que por historial e fama tem sido ao longo dos anos um dos melhores senão o maior club de Portugal.
Esteve quase a perder com o nosso Portimonense e o empate apenas provou que das fraquezas se fazem forças quando o querer e o acreditar é mais forte que a falta delas.
Não saimos humilhados por um Benfica arrogante. A dignidade que eu pedia e todos pediamos no estádio da Luz estava lá.
O nosso Ventura que defendeu nossa baliza como os maiores..grande Ventura!!!
O Ricardo Pessoa que cheio de fé não falhou o penalty. O Candeias que se desdobrava.
Todos os outros que num esforço supremo travaram o Benfica e o Jesus da terra. Porque o Jesus do Céu estava lá entre os nossos e cá entre os que ficaram em Portimão torcendo por uma vitória ou minimamente por um empate.
OBRIGADO pelo vosso desempenho.
FORÇA PORTIMONENSE ...MEU PEQUENO GRANDE CLUB.
Ass: " uma voz amiga"

Anónimo disse...

Francamente gostei da conferência de imprensa que deu o Sr.Azenha após o jogo e que me deixou sinceramente sensibilizado porque não falou apenas como treinador mas também como homem, tendo a coragem de colocar a nu a sua fragilidade e ao mesmo tempo a sua força de caracter de erguer a cabeça quando todos duvidavam dele e de seu trabalho enquanto treinador.
Como já disse aqui e permitam-me que o diga de novo sem que corra o risco de meu comentário ser eliminado, não sendo eu desta terra (Portimão), mas tendo crecida nela, continuo a sentir que continua a existir uma grande dificuldade em aceitar ou integrar um forasteiro no seu seio. Ostracisam, dificultando a integração mesmo daqueles que se esforçam e quanto mais se esforçam mais descriminados são, com a eterna máxima do ataque ao Toy Marafado e ao Simões, que pelo facto de não serem daqui ou de não mais viverem aqui, não lhes ser permitido sequer que continuem a amar ou amem o Portimonense, como se fosse um crime ou um insulto para os portimonenses.
Este tipo de "xenofobia" que os algarvios deonstram quase que inconscientemente, sem dúviada que faz parte de seu passado histórico e cultural porque na verdade ALGARVE não era PORTUGAL... senão vejamos:
""D. Afonso III, rei de Portugal e dos ALGARVES de aquém e além mar em África"".
Depois, e em paralelo, havia e há uma fronteira natural, a Serra de Caldeirão e o Espinhaço de Cão e não precisamos de recuar muitos anos para sabermos que cada vez que alguém a conseguia transpor para chegar ao Algarve era uma verdadeira aventura.
Limitando-se assim o litoral algarvio a comunidades piscatórias viradas para o mar, implicitamente para o Norte de àfrica e havendo concerteza e sem duvidas cruzamentos entre humanos que fazia dos algarvios mais africanos que portugueses ( note-se a sua tez mais escura)pois era mais fácil navegar para áfrica que transpor as serras por terra.
Que tem a ver isto com o Portimonense????
Tem a ver a dificuldade em continuarem a aceitar os que vêm de fora e em aceitar adeptos e amantes do nosso club que não sejam da cidade.
Fala-se das dificuldades monetárias do Portimonense. Vejamos que mais uma vez tudo tem a ver e mais uma vez com a migração de estrangeiros.
A grande maioria dos adeptos são idosos e reformados com dificuladades em terem lugares cativos ou pagarem quotas, e não se faz nenhum esforço para que aqueles que chegados ao Algarve se integrem no desporto de nossa cidade.
Se ALLGARVE ou ALLGARB porque não
por analogia ALLPORTIMONENSE ???
De todos ou para todos e não só para alguns.
Creio que para pessoas inteligentes o que digo aqui faz sentido.
Ass: " uma voz amiga"

Anónimo disse...

Eu não sou de Portimão, mas tenho lido muitos comentários neste blog, sobre as capacidades do Carlos Azenha, e sinceramente não me parecem nada justas. No dia em que assinou, já havia "portimonenses" (não sei se é assim que se chamam os pseudo adeptos... pois um verdadeiro adepto luta tenta elevar o seu clube e não enterrar) a criticar o profissionalismo do treinador.
E quando criticaram a decisão dos jogadores em continuar com este treinador? Muitos foram os que disseram que era tudo mentira... bem se vê com quem vão festejar os golos...
Isto para dizer uma coisa muito simples... o Carlos Azenha está no Portimonense de corpo e alma e tem sabido puxar por este plantel, que se tem excedido em muito das suas capacidades.. ontem a vitória esteve quase certa, tal foi a forma como jogaram... mas tal como noutros confrontos (Naval, Setúbal, Paços de Ferreira, Olhanense, etc) o resultado sabe bem a pouco.
Por isso vamos deixar de vez com queixas e criticas e vamos apoiar o Portimonense que ainda por cima voltou a jogar em Portimão com o cheirinho da bela sardinha assada.!!!!! FORÇA PSC

Bruno disse...

O resultado ajusta-se ao que se passou durante o jogo,na minha opiniao,fiquei agradado com a postura dos jogadores do Portimonense,apesar de termos uma equipa claramente inferior na teoria a este benfica B,C ou lá como lhes queiram chamar,nao nos podemos esquecer que so o Aimar mensalmente provalvelmente tem uma folha salarial maior que todos os jogadores do Portimonense juntos,mas não obstante isso o Portimonense tacticamente teve impecavel.Mais uma vez o Portimonense foi a um terreno de um "grande" na minha opiniao com azar deixar pontos,no dragao o ivanildo mandou uma trave quando o porto ganhava por 1-0 e agora o Lito e Helder Castro tambem acertaram nos postes,até estou curioso no que vai acontecer no estadio de alvalade quando la formos...

Anónimo disse...

adorava que tivesse sido 0-4 força psc.