O CAPITÃO DA RESISTÊNCIA

O Portimonense ganhou novo fôlego na guerra da manutenção após o triunfo em Aveiro ante o Beira-Mar, que pôs um ponto final num jejum de cinco meses sem vencer e que coincide ainda com o primeiro êxito do técnico dos algarvios, Carlos Azenha, em partidas da I Liga na sua carreira. O jogo ficou decidido com um golo de penálti de Ricardo Pessoa, lateral que fez a 200ª aparição no campeonato (II Liga e escalão principal). "Uma marca histórica", como o próprio reconheceu a O JOGO. "É sempre bom chegar a esses números. Não estou a pensar em terminar brevemente a carreira, por isso espero atingir uma marca ainda mais redonda."

O camisola 5 dos alvinegros realizou ainda o jogo 170 pelo emblema de Portimão, outra "marca bonita". "Já estou num grupo restrito de jogadores que a alcançaram com a camisola do Portimonense, um clube onde estou há seis anos, que é o do meu coração e onde atingi metas importantes na minha carreira", comentou Ricardo Pessoa, que encarna na perfeição o espírito de combatividade necessário para a luta pela "sobrevivência".

Aliás, Pessoa pode ser descrito como o capitão da resistência, não apenas pela importância do golo apontado no último jogo, mas também porque exibe energia para dar e vender. Basta analisar alguns números: desde 28 de Outubro de 2007 que cumpre os 90' sempre que entra em campo; pelo Portimonense, não alinhou em apenas cinco jogos de campeonato de um total possível de 175; e não falha um jogo da Liga há 22 meses. "Trabalho sempre a sério, procurando melhorar e ter objectivos definidos. É sempre um factor decisivo estar afastado das lesões, e isso é muito importante para atingir estas marcas, mas é o trabalho fora e dentro do campo que tem de sempre ser feito com o máximo de rigor e profissionalismo."

Fonte do texto: O Jogo Online