Num jogo em que nunca esteve em causa a superioridade da turma de Portimão, merecem referência, pela sua qualidade, os golos de Candeias e Peña, autênticos “caramelos”, cheios de doçura, em terras espanholas. O extremo cedido pelo FC Porto rematou com violência e colocação, sobre a meia esquerda, com a bola a descrever um arco, enquanto o médio emprestado pelo Sp. Braga visou as redes com mestria, quando, no flanco direito, já não parecia ter ângulo para marcar.
Antes de Candeias inaugurar o marcador já o Portimonense havia ameaçado as redes do Ayamonte, em particular num lance em que Ivanildo obrigou o guarda-redes Manolo a trabalho apertado. Até ao intervalo, os algarvios continuaram a dominar.
Não fosse o árbitro (bem ao jeito espanhol...) marcar vários livres nas proximidades da área dos algarvios – um dos quais com direito a três repetições (!), por, alegadamente, a barreira ter avançado –, e o Ayamonte não teria criado perigo.
A segunda parte mostrou um desnível ainda maior entre as duas formações, até por força das dificuldades físicas do Ayamonte, que iniciou os treinos apenas na última segunda-feira. E isso acabou por refletir-se no marcador, até por força do maior poderio ofensivo dos homens de Portimão, com Calvin Kadi e Hélder Pelembe (estreou-se a marcar) a prometerem estragos, dada a velocidade e qualidade técnica que demonstram, além de constituírem os primeiros defensores do conjunto.
Litos teve oportunidade de testar várias soluções táticas e, nesse aspeto, o ensaio também foi muito proveitoso. Começou em 4x2x3x1, mas a fragilidade do adversário “impôs” o avanço no terreno de Elias, num 4x1x4x1, e com as substituições operadas ao intervalo a equipa apresentou-se depois em 4x4x2, com duas unidades muito móveis na frente, os já referidos Kadi e Pelembe.
O central André Pinto esteve em Ayamonte, mas não jogou, fazendo trabalho físico, na companhia do guarda-redes Ventura.
Fonte: Record Online
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